segunda-feira, 26 de março de 2012

DITADURA DO PROLETARIADO

Minha ideologia marxista defendia que a superioridade numérica e a capacidade revolucionária do proletariado se deveria traduzir num esforço de organização de cariz revolucionário contra

a burguesia, de modo a desalojá-la do poder e assim eliminar a economia capitalista e as

suas diferenças e desigualdades sociais. Eu e a propaganda da I Internacional defendiamos

mesmo que o proletariado era a única classe social capaz de enquadrar e dirigir a revolução

contra a burguesia capitalista. A luta de classes antagónicas - a burguesia e o proletariado - , era a base de arranque dessa revolução, pois cada uma só existe existindo a

outra, o que gera conflitualidade e antagonismos. A consciência de classe do proletariado

deverá crescer, acreditava a propaganda comunista inspirada em mim, paralelamente ao

crescimento numérico e à consciência da força do próprio proletariado, o qual acompanha o

desenvolvimento do próprio sistema capitalista. Aumentando em número, se ganha em força

política e capacidade revolucionária, perde em termos de rendimentos e poder econômico.

Sendo o produto do trabalho do operário (proletário) mais elevado do que o salário que

recebe pelo que fez, eu defendia que o capitalismo e a burguesia se apropriavam

injustamente da diferença, aumentando o fosso social e económico entre a classe

trabalhadora e o patronato, como escrevi no Capital (1867).


MAIS-VALIA


Mais-valia é o nome dado por mim à diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador, que seria a base da exploração no sistema capitalista.