Minha ideologia marxista defendia que a superioridade numérica e a capacidade revolucionária do proletariado se deveria traduzir num esforço de organização de cariz revolucionário contra
a burguesia, de modo a desalojá-la do poder e assim eliminar a economia capitalista e as
suas diferenças e desigualdades sociais. Eu e a propaganda da I Internacional defendiamos
mesmo que o proletariado era a única classe social capaz de enquadrar e dirigir a revolução
contra a burguesia capitalista. A luta de classes antagónicas - a burguesia e o proletariado - , era a base de arranque dessa revolução, pois cada uma só existe existindo a
outra, o que gera conflitualidade e antagonismos. A consciência de classe do proletariado
deverá crescer, acreditava a propaganda comunista inspirada em mim, paralelamente ao
crescimento numérico e à consciência da força do próprio proletariado, o qual acompanha o
desenvolvimento do próprio sistema capitalista. Aumentando em número, se ganha em força
política e capacidade revolucionária, perde em termos de rendimentos e poder econômico.
Sendo o produto do trabalho do operário (proletário) mais elevado do que o salário que
recebe pelo que fez, eu defendia que o capitalismo e a burguesia se apropriavam
injustamente da diferença, aumentando o fosso social e económico entre a classe
trabalhadora e o patronato, como escrevi no Capital (1867).
MAIS-VALIA
Mais-valia é o nome dado por mim à diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador, que seria a base da exploração no sistema capitalista.
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